2016年9月25日 星期日

St. Francis in Full

St. Francis in Full



Daniel P. Horan


Many people are familiar with the popular stories and legends about St. Francis of Assisi. If pressed, a fair number of Christians could rattle off such classics as the story about him taming the wolf of Gubbio, hearing Christ at the crucifix of San Damiano, encountering Sultan Malek al-Kamil in Egypt and recreating the Christmas crèche in Greccio, as well as any number of his interactions with animals, lepers or others.

But now that the Feast of St. Francis is quickly approaching, I have been thinking about the stories that are not typically known, the narratives most people have never heard. Many of these lesser-known stories come from the early Franciscan friars and sisters who knew Francis personally and who recorded them for posterity.

What is striking about these stories is that they do not always portray Francis in the best light. At times, he even comes across as not very saint-like. Whereas the earliest biographies sought to portray Francis as holy for the sake of a quick canonization, which was the request of Pope Gregory IX, these other stories by “those who were with him” (as the texts were often credited) were meant to present a more multidimensional person: a holy man for sure, but also a complex and fully human one, too.

Take, for example, the story of Francis and Brother James. James was responsible for the physical care of some lepers and served as a kind of nurse for many people with terrible sores and wounds. One day, Francis returned home after being away to find that James had brought a leper into the chapel from the leper hospice. When Francis saw this, he snapped at James and reprimanded him for bringing the leper around the friars’ place of prayer. The text explains that Francis reproved James because he did not want to see lepers with “severe sores outside the hospital” left alone in the chapel where other people often came because “people usually abhorred lepers who had severe sores.”
  
This is certainly not the open-armed, warm and embracing Francis of Assisi we are used to imagining.

Or how about the time when the kitchen in a friary caught fire. Sound familiar? Don’t worry; it wouldn’t be to many people. The story goes that Francis and a companion went into the kitchen after prayer. The text of the Assisi Compilation continues:

When blessed Francis came to eat in the cell where the fire was lit, the flames had already reached the roof of the cell and were burning it. His companion tried his best to extinguish it, but could not do it by himself. But Blessed Francis did not want to help him: he took the hide that he used to cover himself at night, and went into the forest.

Rather than help his brother put out the fire, Francis puts on a blanket and goes outside by himself, leaving his brother to fight the growing fire alone.

This is certainly not the considerate, helpful and generous Francis of Assisi we are used to imagining.

Why tell these stories?

First, it is important that we remember not only the good works and extraordinary acts of the women and men we venerate as saints but also their weaknesses, failings and imperfections. This helps provide us with a fuller and more honest picture of what makes these figures so venerable in the first place. They were just like you and me, sinful and struggling at times. But they also had the chance, as we do, to respond to God’s grace in this world and make a positive difference despite inevitable stumbling and failures.

Second, we tell these stories to see what the saints did afterward, for it gives us a clue to how we might live. After Francis publicly shamed James and the leper out of his own insecurity and fear, the would-be saint went to both men and apologized, asked forgiveness and made amends. After Francis wandered into the forest without helping his brother fight the fire, he later returned to confess that he did not want his favorite blanket to be destroyed and again sought reconciliation and gave his blanket away as penance.

Like Francis, we will struggle and sin. But also like Francis, we have the opportunity to surrender our egos, be vulnerable and seek reconciliation. Being a saint isn’t being without sin; it’s about not letting sin have the last word.

Daniel P. Horan, O.F.M., a Franciscan friar and author, teaches theology at the Catholic Theological Union in Chicago. Twitter: @DanHoranOFM.

2016年9月23日 星期五

緊閉的宅門 不可逾越的鴻溝

聖言啟航
丙年常年期第廿六主日

緊閉的宅門 不可逾越的鴻溝



梁展熙

Lazarus at the rich man's gate.
By Fyodor Bronnikov, 1886.
環看今天世界,仇富(包括怨恨富人以及仇視財富本身)情緒氾濫,在西方甚至有不少否定自由資本主義經濟的聲音。同時,乍看之下,在今天讀經一中亞毛斯先知對高床暖枕、縱情聲色、酒池肉林的上流社會的批判,再加上耶穌的「富翁與拉匝祿的比喻」,似是毫無餘地的支持這種仇富心態。

問題是,「貧富」這類相反形容詞,並沒有絕對的定義,只是比較得出的結果。當然,鄰埠大地產商李氏是『富可敵國(s)』;但我城中只有手頭上有一物業者,(至少在賬面上)也已是百萬富翁。與身無長物的本人相比,他們已是富翁級的了。由此可見,耶穌並不是(也不可能)絕對地否定財富,甚至富人。那麼,今天讀經的訊息是甚麼呢?

先看《亞毛斯先知書》。《亞》是如此描寫那群窮奢極侈的人:「他們躺在象牙床上,橫臥在柔軟的墊褥上,吃著羊群中幼嫩羔羊和牛欄的小公牛。他們隨琴聲而吟詠,有如達味發明樂器;他們用巨爵豪飲,用上等膏油抹身」。如此富二代般的生活,實在令人髮指。但他們真正的罪名,尚不在此,而在於:「對若瑟(家族)的衰落,卻漠不關心」。

他們究竟作了甚麼,而犯下了這條大罪呢?要回答這道問題,就要考考大家對上主日讀經一(都是讀《亞》)的記憶力了。《亞》這樣記錄了他們這盤算:「我們要縮細容器,加大砝碼,製造假秤;我們要用錢幣購買窮人,用一對鞋換取急款者;我們連麥糠也賣得出去!」。換言之,富有本身不是罪,從商本身不是罪,但當在市場運作到達了「欺壓窮困者、趕絕地上卑微者的人」的程度之時,社會上層不思進取,下層無法進取,此時只要遇上另一國家進攻,國破家亡之日又豈可不近!是故,他們最終淪為俘虜,被充軍塞外。

再看《路加福音》。平心而論,我們經常有種錯覺,在福音中見到富有的人,總會自動地把他視為壞透頂之徒。但耶穌在比喻中沒有指出他是個特別壞的商人。簡單來說,他只是沒有行善布施而已。

另一方面,我們又慣常有種錯覺,在福音中凡見到窮人,總會自動地把他想成是絕頂好人,可能不過是被奸人所害才致如此田地。但同樣,比喻也沒有交代他是否一個特別好的人。他不過就是潦倒而已。

我這樣的兩段平行描述,大家也許都可想像到,他們二人的結果是完全相反。拉匝祿在亞巴郎懷中享福,富翁曾在陰間永火中極渴而不得死。
由於這比喻用意不在交代世界末日之後的具體實況,我們無需過份拘泥於當中可能影射天堂或地獄的細節。我認為,更值得留意的是亞巴郎首次回答富翁的那段話:「孩子,你該記得,你活著時窮奢極侈,而拉匝祿卻受盡困苦;現在,他在這裡受安慰,而你卻在受苦了。此外,我們與你們之間隔著一道鴻溝,人雖願意,亦不能彼此往來」。

這段話由兩部分組成。首先是描寫富翁與拉匝祿二人的因果。他們的人生來世有如楚河漢界一段分隔得清清楚楚,往奢今苦,往窮今安。然後是明白地指出這道鴻溝的存在。

問題是,這鴻溝是從哪裏來的呢?讓我們回到他們二人生前的場景:「有一個富翁……天天狂宴豪飲。另有一個乞丐……遍體瘡痍,躺臥在富翁的大門前」。在古時,有大門的,必是大宅。換言之,大門內的,並非大宅內部,而是前庭而已;與大門左右相連的,也只是大宅庭園圍牆而已。
由此可見,後來那道阻隔著富翁與亞巴郎的不可逾越的鴻溝,事實上是來自那道富翁從來不願走出去大宅閘門。那道圍牆,雖然原本的用意是保護大宅和富翁,但到頭來也把那富翁困死了。


富翁對拉匝祿的心態,呼應著《亞》對上流社會的四字批判:「漠不關心」。無怪乎《弟前》的作者說要「打這場信仰的好仗」,除了信德外,還「要追求正義、虔敬、愛德、堅忍和良善」。而這一切講求的,正正就是敞開心胸和關心他人。順帶一提,大家不妨把富翁與上週比喻中的精明管家比較一下!

2016年9月22日 星期四

AD ORIENTEM

Celebração da Liturgia

AD ORIENTEM



“Ad Orientem” é uma expressão de uso litúrgico que nos remete para a orientação para a qual o celebrante e o povo deverão estar voltados. Ou orientados. Sem sentido literal ou geográfico, é acima de tudo a direcção para a qual a celebração deve estar direccionada, na eucaristia, essencialmente.

Esta expressão opõe-se à designada “versus populum”, ou seja, “voltado para o povo”, com o celebrante a estar de frente para a assembleia de fiéis. Esta foi implementada pelo Concílio Vaticano II. O termo “versus absidem” (“de frente para a ábside”, ou cabeceira da igreja) é uma expressão homóloga, muito usada pela Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos. “Versus Deum” (“de frente para Deus”) ou “coram Deo” (“na presença de Deus”) são outras designações por vezes usadas. Mas para cada uma não há consensos e as questões são algumas até polémicas.

Este tema tem alimentado debates de natureza litúrgica e teológica desde pelo menos o fim do Concílio Vaticano II, em 1965. Mas neste ano de 2016 ganhou particular ênfase e tem animado uma reflexão curiosa. Tudo porque o Prefeito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, cardeal D. Robert Sarah, arcebispo emérito de Conacri (Guiné), em entrevista à revista católica francesa Famille Chrétienne, a 23 de Maio deste ano, afirmou que o «melhor meio» para que Deus seja o centro da liturgia é «celebrar – sacerdotes e fiéis – todos na mesma direcção: voltados para o Senhor que vem. Não se trata, como por vezes se entende, de celebrar de costas para o povo ou de o olhar de frente. O problema não é esse. Trata-se de olharmos todos juntos para a ábside que simboliza o Oriente onde está o trono da cruz do Senhor ressuscitado».

As declarações do máximo responsável pela liturgia e sacramentos da Santa Sé causaram logo discussão. O purpurado ressalvou que “Ad Orientem” permite que a liturgia seja acima de tudo a nossa participação no sacrifício perfeito da cruz. Mantendo a defesa das suas afirmações, o cardeal Sarah reiterou que a celebração voltada para o povo definida no Vaticano II não é uma obrigação, mas acima de tudo uma possibilidade que se recomendou. «A liturgia da palavra justifica que se vejam cara a cara o leitor e o povo, o diálogo e a pedagogia entre o sacerdote e o seu povo. Mas como chegamos logo ao momento em que um se dirige a Deus – do Ofertório em diante – é essencial que o sacerdote e os fiéis olhem juntos na direcção do Oriente». Tal como defendiam os padres conciliares, rematou o cardeal da Guiné-Conacri. Que recordou ainda que a celebração “Ad Orientem” está prevista e autorizada pelas rubricas que especificam os tempos em que o celebrante se deve voltar para o povo, pelo que por isso não é necessário permissão especial para se celebrar a olhar para o Senhor.

O cardeal Sarah defende uma reflexão sobre este tema, alertando para que a liturgia não se converta num espectáculo. Ou que se torne algo demasiadamente humano, à altura dos nossos desejos e das modas do momento, como se fosse um encontro de amigos e já não a celebração do amor de Cristo. Já não se celebra um sacrifício mas sim uma liturgia criativa e festiva. «Para os cristãos a Eucaristia é um assunto de vida ou de morte!», alertou, considerando a liturgia como a porta de união com Deus e não uma auto-celebração humana, na qual Deus desaparece. «Deve-se pois voltar para Deus», conclui, pois Ele está no coração da liturgia, na qual se joga o destino da Fé e da Igreja.



Santa Sé esclarece

Todo este debate suscitou da parte da Santa Sé uma reacção, no sentido de clarificar e explicar. Primeiro, que não existem quaisquer novas directivas litúrgicas. Apenas uma sugestão do cardeal Sarah, que aliás a reafirmaria em Londres a 5 de Julho, quando reforçou que deveria haver uma reorientação de sacerdotes e fiéis todos voltados para o Oriente, ou pelo menos para o tabernáculo. Propôs ainda que se começasse a celebrar assim a partir da Missa “Ad Orientem”, o primeiro domingo do Advento (27 Novembro 2016), pedindo para tal a devida catequese e preparação.

Todavia, a Santa Sé afirma que as normas relativas à celebração eucarística em vigor se mantêm, afirmando-o em comunicado de 16 de Julho, na linha do que aliás vem plasmado no nº 299 da Instrução Geral do Missal Romano, que prevê “que se construa um altar separado da parede, de modo que se possa contornar facilmente e a celebração se possa realizar de frente para o povo, o que convém que seja possível em todas as partes. O altar, assim, que ocupe o lugar que seja de verdade o centro para o qual espontaneamente convirja a atenção da assembleia dos fiéis”. Esta forma, prevista no Missal promulgado por Paulo VI, foi considerada pelo Papa Francisco, expressamente numa visita àquela Congregação presidida pelo cardeal Sarah, como a forma “ordinária” de celebração da Missa (“versus populum”), enquanto a “Ad Orientem” é “extraordinária”, conforme o Motu Próprio Summorum Pontificum de Bento XVI, de Julho de 2007. Esta não deverá, explica o Motu Próprio, “tomar o lugar da forma ordinária”. Tudo isto, refere o comunicado da Santa Sé de 16 de Julho, foi devidamente expressado numa audiência concedida pelo Papa Francisco ao cardeal Sarah.

Os primeiros cristãos rezavam na direcção do Oriente geográfico, como referem Tertuliano e Orígenes (sécs. II-III). A obra Constituições Apostólicas (375-380) infere a norma de construção das igrejas com o presbitério (ábside e sacristias) na extremidade leste, voltado para Oriente, portanto, definindo o sentido para o qual deveriam rezar os cristãos. Mas surgiram variações, no oposto até, com cabeceiras a poente, por exemplo. Em Roma e Jerusalém também se registava esta ambiguidade arquitectónica, que só foi ultrapassada nos sécs. VIII e IX, por influxo germânico, com a adopção dos altares na cabeceira voltada a Oriente e as entradas na fachada poente. Mas as variações em várias regiões teimaram em subsistir, pelo que também não se poderá estabelecer como uma regra antiga.

Mesmo a edição do Missal Romano tridentino de Pio V em 1570 ainda não era precisa quanto à colocação do sacrário no altar, ordenando apenas que nele existisse apenas uma cruz e junto desta uma “sacra” com orações. Essa “imprecisão” do Missal de Pio V permitia desta forma a celebração “versus populum”. Mas impor-se-ia no entanto a tradição do sacrário no altar-mor, sobre este, ornamentado e visível da assembleia, reforçando a presença real de Cristo na Eucaristia. Era pois impossível assim a celebração “versus populum”. Assim seria até ao Vaticano II, quando se reformulou a liturgia e ao mesmo tempo a própria arquitectura, abrindo-se o tempo da celebração voltada para o povo de Deus. Mas não desapareceu, pelo contrário, a celebração “Ad Orientem”…

Vítor Teixeira


Universidade Católica Portuguesa

2016年9月16日 星期五

光明 不精?

聖言啟航
丙年常年期第廿五主日

光明 不精?


梁展熙

耶穌在今天福音選讀的比喻中,藉富翁之口來稱讚一個一而再詐騙他財產的管家「精明」。這使學界百思不解。首先,富翁(=耶穌)為甚麼要稱讚這肯定屬詐騙的行為?其次,這整個比喻的用意何在?

在回答這兩個問題之前,我們先要審視一下我們理解比喻的慣常做法。一般來說,我們會把比喻中的各號人物與信仰中的對比呼應起來。譬如,在蕩子的比喻中,就有把父親比作天父、蕩子比作迷途之返者(縱然如上期指出,文中沒有肯定蕩子是真心悔過的)、大兒子比作拘泥於規誡責任者(=>>猶太人)。這樣的做法,雖未可說不妥,但一方面會導致我們忽略比喻中更深層的意義,另一方面其實未必在每個比喻中都行得通。今天的比喻,即為一例。

簡單說,我們可以把富翁比作天父嗎?則要把不誠實的管家比喻為誰呢?又要把債戶比喻為誰呢?曾有少數學者提出,可把耶穌比作管家,他瞞著天父(富翁),慷慨地(揮霍地?)免去人類(債戶)的罪債。但若持此論,則怎圓比喻第2節中富翁(天父)要革除管家(耶穌)職務的一幕呢?由是觀之,類比之法於此全無用武之地。

回過頭來,要理解這比喻,我們真正需要問的又而有兩個問題:一)富翁(=《路》中耶穌?)怎會稱讚這個管家明顯地犯了規的『精明』?二)這「精明的管家」的比喻的真正用意又是甚麼?

要了解富翁(耶穌)為何會讚賞這不義但精明的管家,就不得不直接看看(在補遺[ellipsis)後)耶穌如何總結這比喻:「這些今世之子應付自己的世代,比光明之子[應付自己的世代」更為精明」(8節下;10-13節與比喻有所出入,學界普遍認為乃路加在整理其傳統時才補在比喻後面的,故本文不贅)。換言之,耶穌所稱讚的,並不是管家在不義方面的精明,而是感嘆今世之子(管家)深諳今世之道,並應付得出神入化;反觀光明之子,卻不通曉(或不願通曉)光明之道,因此無法在光明的層面上『盡地一煲』,反而落得「畫虎不成反類犬」的結果。簡言之,光明之子,就像今世之子一樣,既然決定進入一個世度,就得摸清該世度的規則,並依足規則來生活。

然而,難題在於:如何身在此世,而又活出光明呢?這也正是第二道問題的重要之所在。

要回答第二道問題,我們同樣要回到耶穌的總結。耶穌的這句話,一般中譯本作:「我告訴你們,要用不義之財結交朋友,好使你們缺財時,他們會把你們接納到永恆的帳幕裏」(9節)。然而,這番話中後面三句的中譯都有可能令讀者誤解。首先是「不義之財」。在比喻中管家所註銷的債額也許是不義收益,但這比喻是耶穌對自己門徒說的,我們較難想像他們手頭上仍有這類不義所得的錢財可供使用。換言之,不少學者認為耶穌這裏的「不義之財」,意思其實是「容易導人不義的錢財」,即泛指所有錢財。可以說,耶穌的意思大概就是:要利用那些容易被誤用(甚至濫用)的錢財來結交朋友(φίλος = philos = beloved)。

其次,耶穌擔心的,是否真的是當「你們缺財時」的時候呢?畢竟,以散財來防缺財,似乎不太合理。事實上,耶穌這一句原文的動詞並不是第二身複數(=你們),而是:ἵνα ὅταν ἐκλίπῃso that when it is gone / dies),即:當它逝去時(見葡Difusora Bíblica: quando este faltar)。由於已確定耶穌所指的不是錢財,則會逝去的只可能是生命或此世。無論其一,暗示的都是天父的審斷。關於這一點,要把末句讀下去。


末句中的「他們」,可以指用不義之財來結交的「朋友」(即需要救濟的有需要者、窮人),甚至可理解為皇家複數(royal plural),即指上主本身。無論如何,上主也是因為窮人得救而接納我們。換言之,整個比喻重點,在於利用我們所空裕的錢財,來幫助有需要的人。如果我們不這樣做,反而加入「欺壓窮困者、趕絕地上卑微者的人」的行列,或對之視若無睹,那麼,上主一定「永不會忘記」,並最終替他們主持公道的!

2016年9月9日 星期五

無量慈悲

聖言啟航
梁展熙
丙年常年期第廿四主日

無量慈悲



        根據民間智慧,要知道一個人的稟性,就要看看此人多與何許人為伴。這種心態,於耶穌時代尤甚。因此,當「稅吏和罪人都樂於和耶穌接近」時,耶穌自然會惹來非議。有見及此,耶穌一次過講了三個比喻(禮儀中只包括首兩個比喻,只有長式才包括第三個比喻,因為禮儀已選在四旬期第四主日誦讀了)。這三個比喻,分別是:失羊的比喻、失幣的比喻、蕩子的比喻。

            一般對這三個比喻的解讀,是:由於天父慈悲無限,只要罪人悔改,天父必會歡迎。此解讀便進一步作為要罪人悔改的呼籲。然而,如果我們重新審視作為蕩子比喻前奏的失羊比喻和失幣比喻,可能會讓我們更進一步看清耶穌訊息──福音──具有何等革命性。

            首先,是失羊的比喻:「你們當中,誰有一百隻羊,若走失了其中一隻,他豈不是會把這九十九隻留在曠野,而去尋找走失了的那隻,直到找到為止?找到以後,就高興地把牠背在肩上,回到家中,把友好及鄰居請來,對他們說:『請與我一同歡樂吧!因為那隻走失了的羊我已找到了』」。

            在這個比喻中,一直在行動只有羊的主人。他留下了沒走失的羊──牠們佔絕大部分──,親自去找那隻走失了的。留意!羊沒有主動尋找主人(當然,羊沒有這樣的能力)。因此,羊主廣邀親鄰一同歡樂的理由是:「因為那隻走失了的羊我已找到了」;而不是:因為那隻走失了的羊已經回來了。

            如果說,耶穌的比喻旨在點出天父的慈悲的話,則天父只是醉心於親自去找那些迷失了的人(罪人?)。至於那些人究竟有沒有悔改呢?也許天父根本不計較。

            當然,如果我們以寓言故事的形式來看待這比喻,則尚可把亡羊擬人化,認為牠會有主動回到主人身邊的可能。但下一個比喻,則是無可辯駁的了。

        耶穌接下來講,是失幣的比喻:「有那個婦人,有十個銀元,若遺失了一個,她豈不會點上燈,打掃房屋,細心尋找,直到找到為止?既找到了,就邀請友好鄰居,說:『請分享我的歡樂吧!因為那個失去了的銀元,已經找回了』」。

            也許,以男性的羊主(或牧人)形象來描寫好像在曠野外的、粗枝大葉式的尋找不足以描寫天父找人的行動,所以耶穌之後補上一個以婦女為形象來描寫好像在室內的、細心地作地氈式(甚至翻箱倒籠式)的搜索。順帶一提,這也是聖經中唯一一個以女性角色來描寫上主的比喻。

            更重要的是,羊尚且可能在曠野中回應主人的呼聲,換言之,羊主的失而復得仍勉強可歸因一小部分於羊的行動,但銀幣是沒可能作任何反應的。婦人之所以能尋回那個遺失了的銀幣,是全靠她自己的。因此,作為蕩子比喻前導的這兩個比喻,重點似乎全在於羊主和婦人(=>>天父)的全心尋找,而毫不在意被尋者(=>>罪人)的行動(=悔改)。

            這一點,可從蕩子的比喻中得到印證。首先,蕩子之所以『悔改』,並不是因為他突然『良心發現』,而是因為他想到:「我父親有多少傭工,都口糧豐盛,我在這裏反要餓死!」。可以說,蕩子的悔改,是為生計(=為兩餐)而作的盤算。所以他才要事先綵排他在父親面前要說的『懺悔說話』:「父親!我得罪了天,也得罪了你。我不配再稱作你的兒子,把我當作你的一個傭工罷!」。

            然而,父親在遠處看到蕩子回家,根本是甚麼也不管,就已經「動了憐憫的心,跑上前去,撲到他的脖子上,熱情地親吻他」。在蕩子尚未把他事先綵排好的整段話說完之前,父親就「吩咐自己的僕人說:你們快拿出上等的袍子來給他穿上,把戒指戴在他手上,給他腳上穿上鞋,再把那隻肥牛犢牽來宰了,我們應吃喝歡宴……」。

            一位不計較罪人是否(真心)悔改的天父是否慈悲得太過份?我不懂得判斷。畢竟,耶穌這三個比喻是講給那些過份計較耶穌與罪人交往的法利塞人和經師聽的。但當我們太過計較天主對別人慈悲、寬大的時候,這三個比喻,就是最好的提醒。


2016年9月2日 星期五

三思之後 坐言起行

聖言啟航
梁展熙
丙年常年期第廿三主日

三思之後 坐言起行

在今天的福音選讀中,耶穌在首尾兩段呼籲當他門徒的必要捨棄一切,但中間的兩個比喻卻是建塔前要「先坐下預算費用」和在出兵前要「先坐下考慮一下」。這樣,在首尾部分和中間的比喻之間沒有連接詞句修飾的情況下,上文下理不算通順。如果把兩個比喻一併跳過,只讀首尾兩段的話,讀起來反而更為通順。

但話說回來,這兩部分也不是全無關係的。可以說,首尾部分主要指出人該怎樣、該做甚麼才算成為耶穌的門徒;而比喻部分則指出成為耶穌門徒的應有心態。由於首尾兩段的捨己呼籲已相當清楚,讓我們聚焦於中間的兩個比喻。

***

首先,是建塔的比喻。據考古所得,這些塔(希臘語:πύργοςpurgos)散見於古近東地區(包括以色列)。這些塔直徑一般不多於八米,除了軍事用途外,還有作農業用途的,主要是作農具倉、穀倉、暫居之所和農地瞭望台等。

這些農業用塔是大型建築物,自是不言而喻了。因此,凡是地主,「誰會準備建造一座塔,而不先坐下預算費用(count the cost),看是否有能力完成」?!

不過,耶穌開始比喻時的反問句:「你們中有誰準備建造一座塔」,其實只是一種演說修辭(rhetorical device)。說到底,(尢其在《路》中)追隨耶穌的群眾,絕大部分是貧下中農,他們窮一生積蓄都未必會有能力負擔得起建造一座塔的費用(尚未計算購地費用)。然而,在比喻中特別用到一些大得一般人根本用不到的事物,甚或使用誇張的修辭方式,實屬常見。因為,利用這類誇張的修辭手法,可激發聽眾和讀者的想像力。

回到比喻。如此偌大的建築物,倘若『爛尾』,定必為眾人所見。人們定會嘲笑業主。嘲笑的內容是:半途而廢。

由此看來,這比喻可能有兩重意義。其一,在耶穌尚在世,親口講這個比喻時,用意在於呼籲人們要三思而後行;與其半途而廢,倒不如從不開始更好。換言之,耶穌要(全是猶太人的)群眾在跟隨他之前,想清楚這門徒們身份的代價(count the cost);並勸他們如果接受不了,反而不要勉強更好。這樣『倒米』的說法,為我們來說可能有點奇怪,但在《對觀》中卻絕不罕見,如:手扶著犁而往後看的,不適於天主的國(見路9:62;另見谷10:38)。

其二,在《路》成書以後,耶穌這比喻的讀者已不再是猶太人,而是基督徒了。他們已經成為門徒們了。因此,比喻的用意也隨之改變,變為:呼籲讀者重新審視自己的門徒身份的代價,並省察自己有否只做得『半桶水』;然後有則改之,無則加勉。換言之,就是勸喻讀者不要在成為基督門徒一事上半途而廢。

***

的確,榮辱對一個人來說是很重要的;然而,一國之君出兵與否的決定,除了他個人的榮辱之外,更關係到士兵的性命(比喻中的是一萬條生命,言下之意也就牽連到一萬個家庭),以及整個國家所有國民的榮辱(甚至命運)。就此而言,第二個比喻較第一個的嚴重得多。
按今天的軍事編制,一萬兵算得上是一個師(division;及至二萬五千兵)的軍力。即使今天的美國陸軍,現役也只有十個師級部隊(加上國民警衛隊八個師和海軍陸戰隊三個師)。換言之,這比喻中也用了誇張的修辭手法。

無論如何,要以寡敵眾,不單士兵的士氣要高、軍備精良,戰術也要運用得宜。如果重重計算之後,仍是勝利無望,則遣使求和,總比國破家亡來得好。

這比喻既與上一個比喻連用,再加上其遞進的嚴重性,足見耶穌原本就成為門徒前要想清楚自身能力,三思而後行,以免功敗垂成的呼籲。但同時,換到《路》的語境,也可解讀成作者意在呼籲信友既已決定奮身一戰,則必須有如項羽鉅鹿之戰一樣,破釜沈舟,始能以「一以當十」的士氣大破秦軍,凱旋而歸。

***


            的確,成為耶穌的門徒,要捨得一切,以耶穌的愛的榜樣為先。這實在較建塔出兵的決定更為艱難。但我們當初既然開始了,又豈可半途而廢,只做『半桶水』基督徒呢?